sábado, 30 de janeiro de 2016

Tema do Mês: Últimos três filmes que assisti!

Desta vez vou falar um pouco sobre os últimos filmes que assisti. A grande maioria dos filmes que assisto, eu assisto no cinema, não que eu vá toda semana no cinema, mas um costume que eu tinha, de todo fim de semana assistir filmes em casa, foi dando lugar ao de assistir séries, então raramente eu assisto filmes em casa. Mas nesta lista curiosamente cada um dos filmes foi assistido em um lugar diferente inclusive um que eu assisti em casa, então vamos aos filmes!




O AGENTE DA U.N.C.L.E



Sinopse: Na década de 1960 os até então inimigos mortais Napoleon Solo (Henry Cavill), agente da CIA, e Illya Kuriakin (Armie Hammer), espião da KGB, são obrigados a cooperarem. A grande missão da improvável dupla EUA-Rússia é combater a terrível organização T.H.R.U.S.H., que desenvolve armas nucleares


Não lembro exatamente quando eu assisti esse filme, mas este é um dos poucos filmes em que assisti em casa. O filme é ambientado na Europa em plena Guerra Fria (deixando claro a importância de os aliados serem EUA e Russia). 
A mistura bem feita de suspense (espionagem), comédia e ação além das atuações muito boas dos três protagonistas,  fazem com que O Agente da U.N.C.L.E seja um filme empolgante e divertido, que tem uma história bem contada, mesmo com a trama já batida (de inimigos se tornando aliados).



CREED: NASCIDO PARA LUTAR



Sinopse: Adonis Johnson (Michael B. Jordan) nunca conheceu o pai, Apollo Creed, que faleceu antes de seu nascimento. Ainda assim, a luta está em seu sangue e ele decide entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após muito insistir, Adonis consegue convencer Rocky Balboa (Sylvester Stallone) a ser seu treinador e, enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.

Assisti a pré estreia desse filme em dezembro na CCXP e foi espetacular, talvez eu fale um pouco influenciado por assistir ao filme junto com mais de 2000 pessoas, que a cada momento (ou referencia aos outros filmes) gritavam, aplaudiam e até choravam mais para o final do filme, mas esse é um dos melhores filmes do ano. O filme tem a dose certa de ação, drama e até comédia, mostra também de forma cativante a luta de cada um dos personagens principais para superar cada dificuldade, alem das ótimas atuações de Stallone e de Jordan.


Pré estreia Creed CCXP 2015
Pré estreia Creed CCXP 2015



STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA



Sinopse: Trinta anos após a queda do império, Luke está desparecido, mas o Lado Negro da Força se mostra ainda mais surpreendente através de uma nova organização conhecida apenas como a Primeira Ordem. Agora, a Princesa Leia (Carrie Fisher), Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew), os robôs C-3PO (Anthony Daniels) e R2-D2 (Kenny Baker) deverão unir forças a novos personagens para evitar que o vilão Kylo Ren acabe com a República e a Resistência. 


Assisti a este filme no fim de semana após a estreia junto com alguns amigos. Um dos filmes mais esperados do ano e O filme mais esperado por mim, fui assistir com a expectativa muito alta, e ela foi correspondida. O filme conta com muitos Easter Eggs dos outros filmes da saga, mas nada que atrapalhe o entendimento daqueles que ainda não assistiram nada de Star Wars, a história é muito bem contada, os personagens novos são cativantes, e a interação deles com os antigos é muito bem feita. Ouvi algumas pessoas reclamando da atuação do Adam Driver com Kylo Ren, mas eu achei que ele foi muito bem e foi totalmente coerente com a personalidade instável do personagem. As cenas de ação são empolgantes, principalmente nas lutas com sabres. Star Wars, assim como Creed, está entre os melhores filmes do ano, além de uma ótima história, o filme consegue divertir e emocionar ao mesmo tempo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Nome do Vento e... Clube do Livro?

Depois de muito tempo estou por aqui de novo e dessa vez com novidades que vai manter o blog (assim espero) com um fluxo mais constante de posts \o/.
Primeiro: a Vanessa e eu não estamos mais sós nesse projeto do blog \o/, temos agora a presença do Mateus, que resolveu criar um blog e escrever as suas opiniões e experiências no mundo nerd e principalmente no mundo literário, o blog dele é o Porão da Leitura.


Segundo: estamos iniciando (na verdade já começou faz um tempo) um novo projeto para o blog, uma especie de Clube do Livro, em que eu, a Vanessa e o Mateus estaremos lendo um livro, escolhido de forma rotativa por cada um de nós três, e escrevendo uma resenha, em um prazo máximo de dois meses após o livro ter sido escolhido, é um prazo longo, que pode ser mudado futuramente, mas em um primeiro momento preferimos deixar esse prazo mais longo, para evitar atrasos e também para conseguirmos conciliar este projeto com todas as nossas outras leituras e compromissos.
Como este projeto começou a algum tempo atrás (e essa introdução ficou muito pequena) a minha primeira resenha sera feita neste post mesmo.

Foi feito um sorteio e ficou definido que eu seria o primeiro a escolher o livro, seguido pela Vanessa e pelo Mateus, o livro que eu escolhi foi O Nome do Vento do Patrick Rothfuss. Mas já deixo avisado que está resenha contem pequenos spoilers.





Páginas: 656
Ano: 2009
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro

Sinopse:
Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano.
Quando seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.



O Nome do Vento é um livro de fantasia épica, que conta a história de Kvouthe, uma lenda de seu próprio tempo, um homem capaz de feitos extraordinários, mas que agora vive escondido sob o disfarce de um simples hospedeiro de uma pequena cidade. Ele consegue passar despercebido até o dia em que ele conhece um homem conhecido por ter escrito a história de pessoas importantes, um homem chamado de O Cronista. Kvouthe é convencido a contar a sua história, mas apenas nos seus termos, e um deles é que a história vai ser contada em três dias, e O Nome do Vento é o primeiro desses dias.

Nesse livro o mais importante é o modo de como as coisas acontecem do que aquilo que acontece, um exemplo disso é no começo do livro quando ele está prestes a começar a sua história para o Cronista, Kvouthe da "spoilers" sobre coisas que vão acontecer neste e nos próximos livros, mas estes "spoilers" só deixam com mais vontade ainda de devorar o livro.

"Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar.Vocês devem ter ouvido falar de mim."

Kvouthe nasceu um Edena Ruh, ou seja, era pertencente a uma trupe de artistas, que ia de cidade em cidade fazendo sua apresentação. Em uma dessas cidades ele conhece Abenthy, que foi seu primeiro mentor e professor, e foi quem despertou nele o desejo de ir para a universidade. Mas enquanto a história avança você percebe que uma tragedia se aproxima, e quando ela chega Kvouthe passa a viver sozinho na floresta por alguns meses, e depois ele vai para a cidade de Tarbean e passa a viver uma vida extremamente sofrida e perigosa como mendigo, onde cria vários inimigos e consegue ajuda improvável, de modo que consegue sobreviver.
Depois de muito tempo vivendo como mendigo em Tarbean, Kvouthe decide que quer algo mais da vida do que viver de migalhas, então ele parte para a Universidade, com o objetivo de se tornar um arcano, de descobrir o que é real por trás das lendas sobre o Chandriano, e principalmente ele quer saber como chamar o vento, e fazer com que ele o obedeça.
Kvouthe consegue ser aceito na universidade, onde ele cria amigos verdadeiros e inimigos poderosos, é onde ele aprende, não apenas matemática e geografia, mas aprende também a arte de manipular elementos e a fazer simpatia. E é aí também que o nome de Kvouthe começa a se tornar uma lenda.

O Nome do Vento é uma história excelentemente contada por Patrick Rothfuss, a história começa um pouco enrolada, mas aos poucos ela vai ganhando ritmo e ficando cada vez mais difícil de largar. A narrativa da história se alterna entre momentos em  terceira pessoa, que é no tempo presente, onde o Cronista e Kvouthe estão na hospedaria, e em primeira pessoa, que é dentro da história contada por Kvouthe.
Kvouthe como membro de trupe, também era um musico, e a música está muito presente em toda a história, não apenas como um pano de fundo, mas quase como uma especie de "personagem", e muito importante na história. As cenas musicais são descritas de forma brilhante, que você chega a sentir a música sem que seja escrita uma linha da letra da canção.
Outro ponto em que esse livro se destaca de muitos outros, são os diálogos, totalmente condizentes com os personagens e com as situações em que eles se encontram.

"― Achei que tinha escuitado quarqué coisa ali pelas banda d’água ― disse, com um sotaque tão carregado e escorregadio que quase dava para sentir seu gosto. Mamãe costumava referir-se a ele como o sotaque das profundezas do vale, uma vez que só era encontrado em vilarejos sem muito contato com o mundo externo. Nem mesmo em cidadezinhas rurais como Trebon as pessoas tinham muito sotaque, nessa época. Tendo vivido em Tarbean e Imre por tanto tempo, fazia anos que eu não ouvia um dialeto tão carregado. O sujeito devia ter crescido num lugar realmente remoto, provavelmente enfurnado nas montanhas."

O Nome do Vento é o primeiro volume de uma história extraordinária, com uma trama envolvente, no começo um pouco enrolada, principalmente por ser a introdução de todo o universo criado por Rothfuss, mas ainda assim consegue prender o leitor. Os diálogos são excelentes e os personagens são marcantes e muito bem construídos. Este livro é altamente recomendado a todos aqueles que gostam de música, de fantasia épica e principalmente de uma história bem contada.


O próximo livro que iremos resenhar, e que faz parte deste projeto, é Percy Jackson: O Ladrão de Raios do Rick Riordan e foi escolhido pela Vanessa do Insights Aleatórios.


domingo, 11 de outubro de 2015

Minha jornada pelos Quadrinhos

Dessa vez vou falar um pouco de HQ (Histórias em Quadrinhos). Eu sou um dos novos leitores de HQs, influenciados pelo grande boom dos filmes de Super Heróis, principalmente os da Marvel (mesmo que a trilogia The Dark Knight são para mim os melhores filmes de Super Heróis) que estão fazendo muito sucesso com histórias leves e muito bem feitas.
Guerra Civil
Eu comecei com as scans de Guerra Civil da Marvel, são mais de 100 revistas e com muitas histórias paralelas, apresentando aos poucos a crise que causaria a Divisão entre os heróis, talvez por ela começar assim tão devagar ainda não me empolgou de verdade, não me entenda mal, a história é boa mas vai acontecendo muito devagar então eu acabo sempre deixando ela de lado e lendo outras coisas.

Em uma das HQs de Guerra Civil é mencionado algo sobre a Guerra Kree-Skrull deixando a entender que a população da terra se voltava contra os heróis, no caso os Vingadores, então eu fiz mais uma parada em Guerra Civil e fui ler Guerra Kree-Skrull. Não se trata de uma história grande, são apenas 10 HQs, li tudo em apenas um dia, mas é uma história confusa, tem personagem que se transforma  três vezes (transformação física mesmo), os diálogos em geral são muito bobos, mas em contra partida o conflito criado para a história é muito bom, existe uma tensão constante, com um risco palpável, faz com que você tema pelo personagem. Guerra Kree-Skrull é uma história em que os erros e acertos se equivalem, está longe de ser uma grande obra, mas também não é um lixo.

Também dei uma volta pelas HQs Europeias, e posso dizer que, para quem gosta de História e de mitologia (principalmente nórdica) elas são um prato cheio. O jeito mais fácil de lê-las é através de scans, já que não é muito fácil de achar para comprar. 
Apesar de gostar muito de história e de  mitologia não li muitas HQs europeias, tentei ler Sigfried mas não estava muito no clima para ler esse tipo de história, não estava afim de mitologia, eu queria história, o que eu queria era Roma, li então A Última Batalha (Publicado no Brasil pela Panini), que se passa na invasão da Gália, mais precisamente no cerco de Alésia, a história é boa, não mais do que isso, a trama é bem desenvolvida e os diálogos são muito bons, mas o final é muito corrido e também muito fácil, (o protagonista fala, acontece, acabou).
Em seguida eu parti para, A Expedição - O Leão da Núbia, (não publicado no Brasil), a história se passa no Egito sob domínio romano, esta sim é uma excelente história, uma trama surpreendente e muito bem desenvolvida, os acontecimentos vão se encaixando, criando um suspense e uma tensão sobre o que vem a seguir. Infelizmente a história não acaba nesta HQ e a segunda parte não se encontra em lugar nenhum (pelo menos eu não encontrei). A Expedição - O Leão da Núbia é excelente mas fica com aquele gosto de quero mais.

A Expedição - O Leão da Núbia

Deixei por último as histórias da DC. Dizem que deixamos o melhor para o final, e neste caso é 100% verdade, não são todas as obras da DC que são boas, vide A Morte do Superman, que particularmente achei uma história muito boba, mas há quem goste, tanto que ela é considerada um clássico. Mas há duas sagas/arcos que são brilhantes o primeiro é Crise nas Infinitas Terras que foi durante um tempo o fim do multiverso DC, a história começa meio devagar, mas com um grande perigo presente desde o inicio, vai empolgando na medida em que os heróis (não apenas heróis) vão se juntando para combater este mal que ameaça a todos os universos. A trama é muito boa, mas a estória só te prende mesmo mais ou menos na metade do arco, os personagens também são bem aproveitados tanto heróis quanto vilões.
A segunda saga/arco Injustice: Gods Among Us (Injustiça: Deuses Entre Nós) a história é baseada em um jogo, e talvez seja a melhor de todas as que eu li, com certeza é a que eu mais gostei, a estória te prende já na primeira revista, também não é rasa e apenas divertida, aborda temas como politica, abuso de poder e também joga aquela dúvida "O que é o bem? O que é o Mal?", os desenhos também são muito bem feitos. Injustice já está em seu quarto ano e em nenhum momento teve queda na qualidade, consegue aproveitar bem todos os personagens (e mata-los também). Não importa se você estiver iniciando no mundo das Histórias em Quadrinho, ou mesmo se você for um veterano colecionador, esta HQ é leitura obrigatória a todos que gostam de histórias de Super Heróis.

Injustice: Gods Among Us

Bom, este post era para ser sobre HQs e Mangás, mas eu não li nenhum Mangá, não conheço muitos e dos que eu conheço quase nenhum me dá vontade de ler, a única exceção e o único mangá (até o momento) a figurar na minha lista de leitura é Death Note.


domingo, 16 de agosto de 2015

A Lenda de Ruff Ghanor

Não conhecia o trabalho do Leonel, tive o primeiro contato no lançamento deste livro, em um Nerdcast, e é claro que fiquei muito empolgado para lê-lo, mas por alguns problemas não pode compra-lo na época, mas em um dia qualquer, a Vanessa do Insights Aleatórios me presenteou (para minha alegria) com um belíssimo exemplar. então decidimos que começaríamos a ler o livro juntos e em seguida faríamos um post contando nossa opinião sobre ele, demoramos um pouco para ler (por minha culpa, que estava envolvido em outras leituras) mas finalmente nesse mês de agosto conseguimos ler o livro (e foi surpreendentemente rápido), então o post desse mês é sobre A lenda de Ruff Ghanor o garoto-cabra. Tentei evitar ao máximo os Spoilers, mas ainda assim deve conter alguns.


Páginas: 320
Ano: 2014
Autor: Leonel Caldela
Editora: NerdBooks

SINOPSE: 
Nos confins de uma terra inclemente, assolada por monstros e governada pelo terrível dragão Zamir, ergue-se o mosteiro de São Arnaldo. Os clérigos tentam viver em paz, sob o jugo do tirano, quando encontram um estranho garoto. Uma criança selvagem, dotada de poderes misteriosos, que luta como um adulto. Seu nome é como um rugido: Ruff Ghanor.
Descendente de uma linhagem esquecida de reis, Ruff Ghanor pode ser o escolhido para combater o dragão. Vivendo no mosteiro isolado, ele cresce sob o peso de seu destino, cercado pelos amigos e amores de sua infância. Capaz de causar terremotos com as mãos e treinado desde cedo pelo rigoroso prior, Ruff tem um futuro de glória e sangue a sua frente.
Esta é a história de um jovem com um dever monumental, imposto por homens e deuses. Uma vida repleta de fúria e paixão, medo e fé. O início da jornada de um herói e de um rei.
Esta é a lenda de Ruff Ghanor.
A Lenda de Ruff Ghanor o Garoto-Cabra se passa em um mundo miserável, assolado pelas garras de Zamir, o último dragão vermelho, que com suas hordas de monstros espalham o terror e o medo por todo o reino. Ninguém está seguro. Mas no distante mosteiro de São Arnaldo, em uma fria e tempestuosa manhã, dois acólitos saem em busca de cabras desgarradas, em dado momento, nas proximidades de uma caverna, em meio aos trovoes eles conseguem distinguir algo... algo assustador, algo terrível. eles ouvem um rugido, mas não um rugido humano, era um rugido bestial, um rugido furioso, capaz de gelar a espinha, mas então eles ouvem algo muito pior, algo que faz seus corações pararem por um instante, algo que não deixa eles fugirem. Eles ouvem um grito, um grito de medo, o grito de uma criança. Os clérigos então seguem até a origem dos gritos, uma caverna chamada Túnel proibido, apavorados, mas incapazes de abandonar uma criança em perigo, eles avançam para a morte certa, mas o que eles veem dentro da caverna é absurdo, inimaginável, eles veem uma criança, nua, apenas com uma pedra afiada na mão, matando duas criaturas reptilianas com mais de dois metros de comprimento, mas o mais surpreendente viria a seguir, quando a terceira criatura esta prestes a atacar, o menino bate com as mão no chão e criam um terremoto que abre o chão que engole a criatura, esse como vocês devem saber é Ruff Ghanor, e isso é apenas o começo.
Ruff é levado ao mosteiro e apresentado ao prior, e este logo percebe que seu destino não é ser um mero aldeão ou mesmo um comandante da guarda, seu destino é destronar Zamir e tirar o reino das trevas. Mas para isso ele precisa ser treinado, deve aprender a ser um guerreiro, deve aprender a falar com os deuses. Ruff então vai viver em São Arnaldo, onde vai encontrar amigos e amores, Mas acima de tudo, vai receber o treinamento adequado para que ele venha a cumprir o seu destino... SE TORNAR UMA LENDA.

A pequena aldeia em volta do mosteiro de São Arnaldo


A história é narrada em terceira pessoa, de forma simples e de fácil entendimento, vai progredindo de maneira fluida que faz com que seja muito difícil largar o livro, os personagens são bem desenvolvidos com histórias bem construídas, sendo o prior o meu preferido (a história desse cara é fantástica!), as descrições de batalhas também são excelentes, fez com que eu me sentisse no meio da batalha, junto com os personagens, mas o melhor de tudo foi o plot twist, pra mim foi totalmente inesperado, deixando uma expectativa enorme para o próximo volume. O ponto negativo são os diálogos, alguns são muito bons, mas outros não condizem com a situação ou com o personagem, por exemplo quando um aldeão de sete anos xinga alguém de "sádico".

A lenda de Ruff Ghanor é uma boa história de literatura fantástica, com uma narração simples e empolgante, tem deslizes em alguns diálogos, mas nada que interfira na história ou no prazer da leitura. É um livro que eu recomendo a todos os que gostam de uma boa aventura, mas principalmente aos apreciadores da literatura fantástica brasileira.

E mais uma vez eu agradeço a Vanessa pelo presente incrível ^_^ 

Para aqueles que ainda tem duvidas em relação ao livro, recomendo que ouçam os áudio dramas de alguns trechos do livro, vou deixar aqui a minha dramatização preferida.