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domingo, 13 de agosto de 2017

Ruínas de Gorlan (Rangers: Ordem dos Arqueiros#1)



        Vamos agora para mais um post do Pena, Tinteiro e Papel, nosso clube do livro. O livro essa vez é: As Ruínas de Gorlan uma história Infanto-juvenil escolhido pela Vanessa.

       Para ver as opiniões do Mateus, da Vanessa e da Giani é só clicar nos links ;)


Páginas: 240
Ano: 2009
Autor: John Flanagan
Editora: Fundamento


SINOPSE:
       Durante a vida inteira, o pequeno e frágil Will sonhou em ser um forte e bravo guerreiro, como o pai, que ele nunca conheceu. Por isso, ficou arrasado quando não conseguiu entrar para a Escola de Guerra. A partir daí, sua vida tomou um rumo inesperado: ele se tornou o aprendiz de Halt, o arqueiro. Relutante, Will aprendeu a usar as armas dos arqueiros: o arco, a flecha, uma capa manchada e... um pequeno pônei muito teimoso. Podem não ser a espada e o cavalo que ele desejava, mas foi com eles que Will e Halt partiram em uma perigosa missão. Essa será uma viagem de descobertas e aventuras fantásticas, na qual Will aprenderá que as armas dos arqueiros são muito mais valiosas do que ele imaginava



As ruínas de Gorlan é um livro de fantasia medieval que narra a história de Will, um garoto órfão que vive como protegido do Barão Arald no Castelo Redmont. Sempre que um protegido completa 15 anos ele deve se candidatar a uma vaga como aprendiz de algum mestre de ofício no castelo.

O maior sonho de Will é se tornar cavaleiro e para isso ele deve entrar para a Escola de Guerra. Mas apesar de sua inteligência e agilidade ele não é aceito, não tem estatura e é fraco para os padrões da Escola de Guerra. Mas um dos mestres reunidos mostra interesse em Will que tem um misto de felicidade e medo. Felicidade pois ele se vê livre do seu maior temor: viver como fazendeiro na vila próxima ao castelo. E medo pois o mestre que demonstrou interesse nele é Halt o Arqueiro, uma pessoa misteriosa que muitos acreditam ser algum tipo de praticante de magia negra.

Desconsolado e temeroso Will se torna aprendiz de Halt... e descobre que ser arqueiro não é tão ruim quanto ele acreditava. O treinamento é difícil e cansativo. Halt é um mestre muito exigente, econômico nos elogios e que não perde a oportunidade de deixar seu aprendiz “quebrar a cara” quando este se mostra muito afobado. Mas Will se mostra competente e corajoso… mas ele tera que por sua coragem e habilidade à prova, pois um grande inimigo sai do exílio colocando todo o reino sob ameaça novamente.



Este é o primeiro volume da gigante série (12 livros) Rangers: A Ordem dos Arqueiros escrita por John Flanagan. A história foi escrita para incentivar seu filho a ler, tanto que o personagem principal, Will, é inspirado nele, que na época era um garoto pequeno e fraco para a idade.

As Ruínas de Gorlan é um livro infanto-juvenil, é um livro pequeno, mas não é apenas uma aventura com único objetivo de entreter, por trás da aventura, da linguagem simples e escrita leve o autor introduz temas como a coragem, força de vontade e principalmente sobre a amizade.

domingo, 9 de julho de 2017

O Protegido (Ciclo das treva#1)

Vamos agora para mais uma resenha do nosso pequeno clube do livro, um clube que não está mais tão pequeno. Temos agora mais uma integrante nesse clube; a Giani (irmã da Vanessa) resolveu se juntar aos loucos e é a mais nova integrante do nosso clube do livro o blog dela é o Dualidade Peculiar. Clube que agora tem um nome (se não fosse a Giani esse clube iria se chamar “clube do livro” para sempre), pesamos, debatemos e escolhemos: Pena, Tinteiro e Papel. Sem mais delongas vamos a resenha do livro O Protegido, já avisando que a resenha contem spoilers.

Páginas: 514
Ano: 2015
Autor: Peter v. Brett
Editora: DarkSide Books


SINOPSE
Assim que a escuridão cai, os terraítas aparecem em grande quantidade, gigantes demônios de areia, de vento e de pedra, famintos por carne humana. Depois de séculos, os humanos definham com o esquecimento das marcas de proteção. Arlen, Leesha e Rojer, três jovens que sobreviveram aos ataques demoníacos, atrevem-se a lutar e encarar o perigo para salvar a humanidade.




O Protegido é o primeiro volume da série Ciclo das Trevas escrito por Peter V. Brett. O universo criado pelo autor é muito criativo, interessante e... sombrio: um mundo em que todo dia depois do pôr do sol demônios surgem das profundas e a única coisa que mantém as pessoas a salvo são as proteções. 
Nesse mundo sem esperança nós acompanhamos três personagens, Arlen vive em um vilarejo afastado das grandes cidades do reino e tem o sonho de se tornar um mensageiro (uma pessoa enfrenta o perigo dos terraítas, viajando longas distâncias para levar mensagens e suprimentos aos vilarejos e outros reinos), mas como ele vive em um vilarejo afastado esse é um sonho distante e nem mesmo ele realmente acredita que possa acontecer, porém as coisas mudam quando, em um dia, a noite chega cedo e sua mãe é atacada por terraítas, Arlen corre para tentar salvá-la, seu pai porém fica parado a beira das proteções com medo demais para ajudar. Arlen consegue levá-la para dentro de uma região protegida, mas ela já está gravemente ferida. Dois dias depois, cansado da covardia do pai Arlen foge. Foge com um grande desejo de não se esconder determinado a encontrar um modo de lutar contra os terraítas
Temos também Lessha e Rojer, que são personagens secundários e menos desenvolvidos (principalmente Rojer) do que Arlen. Lessha vive em um vilarejo mediano e é aterrorizada por sua mãe, inconformada por ter tido uma filha em vez de um filho, mas a vida dela muda após um ataque terraíta quando ela ajuda Bruna a ervanária e acaba se tornando sua aprendiz, acabado o seu treinamento ela é enviada para ajudar uma das aprendizes de Bruna em um hospital em Angiers. Rojer tem 03 anos e vive com seus pais em uma pequena cidade movimentada pela vinda do duque. O protetor da cidade tem toda a sua atenção em fazer grandes proteções na ponte de forma a impressionar o duque. As proteções das casas ficam mal cuidadas e em uma noite os terraítas atravessam as proteções e destroem a cidade. Os pais de Rojer morrem mas ele é salvo por um menestrel.



O protegido é uma história que eu tinha muita vontade de ler. A expectativa estava lá no alto. Porém ele foi a minha maior decepção literária do ano até o momento. O livro não é péssimo, mas na minha opinião é apenas “legal”, ficou muito abaixo das expectativas que eu tinha.
O livro é dividido em quatro partes, a primeira é uma introdução ao mundo e aos personagens essa parte ficou realmente muito boa, apresenta os personagens de forma dinâmica a ambientação é muito bem feita, com um conflito bem definido e totalmente plausível.
A segunda e terceira partes são quase totalmente focadas no Arlen e mostra seu desenvolvimento, seu treinamento, o aumento do seu ódio em relação aos terraítas e sua busca por alguma forma de derrotar os terraítas. Essas duas partes cobrem uma grande quantidade de tempo e acaba com uma grande transformação em Arlen. Essas partes são boas, mas ainda assim são mais fracas do que a primeira, a partir do final da segunda parte começam a acontecer coisas que começara a me incomodar. Personagens secundários mas de importância para a história foram deixados de lado de forma abrupta e sem nenhum desfecho em seus arcos. Já na terceira parte ele tira uma carta da manga e quebra o que era até então uma regra para salvar um personagem. Essas coisas me incomodavam mas ainda assim não prejudicavam tanto a história.
A quarta parte, o desfecho da história. Essa parte foi realmente muito ruim. Lessha e Rojer acabam se encontrando em Angiers e algo faz com que eles acabem viajando juntos. Eles acabam emboscados e são deixados ao relento com o sol próximo a se por, até ai tudo bem, a forma como tudo isso aconteceu foi bem desenvolvida e lógica. O que não tem sentido é Arlen aparecer do nada para salvar os dois. Outros pontos negativos para nessa parte foram as cenas de luta, o que na minha opinião foram totalmente surreais, além de um romance completamente sem sentido e lógica entre Arlen e Lessha.

Enfim, O protegido tem uma premissa interessantíssima e apesar de uma primeira parte promissora o autor se perdeu e não aproveitou todo o potencial que essa história tinha.

domingo, 30 de abril de 2017

O Signo dos quatro

Vamos agora para mais um post do nosso pequeno Clube do Livro. O livro dessa vez foi escolhido pelo Mateus. Um livro que conta uma aventura de Sherlock Holmes o maior detetive, não apenas da literatura mas de toda a ficção em todas as mídias. 

Vou aproveitar e deixar aqui o link para o post da Vanessa e do Mateus, vejam a opinião deles sobre o livro deste mês.



Páginas: 184
Ano: 2015
Autor: Sir Arthur Conan Doyle
Editora: Zahar

SINOPSE

O signo dos quatro traz Sherlock Holmes confiante como nunca, e irresistivelmente atraído pelas agruras de sua cliente Mary Morsan, uma bela mulher atormentada por um passado nebuloso. Com seu caro Watson, Holmes vê-se às voltas com uma aventura repleta de elementos dramáticos: as figuras misteriosas de um pigmeu e um homem com perna de pau, uma caçada desesperada, um cão digno de confiança e uma furiosa perseguição pelo Tâmisa.





"Não consigo viver sem trabalho cerebral. Para que mais vale a pena viver? Fique aqui ao lado da janela. Já reparou em como este mundo é melancólico, sombrio e inútil? Veja como a neblina amarelada desce para as ruas e envolve as casas de cores mortas. O que poderia ser mais desesperadamente prosaico e material? Doutor, qual é a utilidade de se ter uma habilidade quando não se tem campo para pô-la em prática? Crime é um lugar-comum, a existência é um lugar comum, e qualidade alguma salva aquilo que o lugar-comum executa neste mundo."

A frase acima é dita por um Sherlock Holmes depressivo e entediado pela monotonia que o cerca, porém as coisas mudam quando uma jovem chamada Mary Morstan, chega a Baker Street, e pede a sua ajuda, seu pai desapareceu a dez anos e desde então coisas estranhas começaram a acontecer, mas recentemente as coisas se tornaram ainda mais estranhas e... potencialmente mais perigosas.

Para solucionar o caso Sherlock Holmes e o Dr. John Watson, devem se envolver em uma trama repleta de rancor, vingança, roubo e assassinatos.
https://mundosherlock.wordpress.com


O Signo dos Quatro é o segundo de quatro romances (1- Um estudo em vermelho; 3- O Cão dos Baskervilles; 4- O vale do terror.) sobre SH, cada um dos livros conta um história fechada e independente da outra.

Como eu já devo ter falado antes, eu sou muito fã de Sherlock Holmes, foi através de um livro de contos dele que eu me adentrei no mundo da literatura. Essa segunda leitura quebrou um pouco da memória de perfeição que eu tinha desse livro. A história em si é excelente, com vários diálogos marcantes, como este que eu comecei a resenha, mas tem alguns outros no mínimo estranhos:

"Meu caro menino! - disse Holmes estrategicamente. - Que bochechas vermelhas você tem seu maroto! Vejamos, Jack, há alguma coisa que você queira?"

Outro ponto negativo nesse livro é a falta de suspense, Conan Doyle entregou muito nas explicações do Sherlock durante a história, inclusive quem é o assassino, coisa que não acontece nos contos por exemplo. O que move a história depois disso é apenas o desejo de saber o porquê dele ter feito o que fez (o que é motivo mais do que suficiente para continuar a leitura).

Mas a pior coisa de todas é a velocidade com que o Dr. Watson se apaixona! Em questão de algumas horas depois do primeiro contato ele já está perdidamente apaixonado, porém creio que isso seja marca da época em que o livro foi escrito.

Apesar dos pesares eu ainda recomendo este livro, não é a melhor história do detetive, mas ainda assim é uma história muito boa. Mas se você estava pensando em ler Sherlock Holmes e ficou com um pé atrás com essa resenha recomendo que não desista, dê uma chance a ele! Comece lendo os contos onde Conan Doyle é excelente ou então O cão dos Baskervilles que é o melhor dos quatro romances.

sábado, 18 de março de 2017

O Aprendiz (Conjurador #1)






Páginas: 350
Ano: 2015
Autor: Taran Matharu

Editora: Galera Record


SINOPSE

Em O aprendiz, primeiro volume da série Conjurador, Fletcher é um órfão de 15 anos e, para sua surpresa, conseguiu invocar um demônio do quinto nível. O problema é que apenas os nobres deveriam ser capazes de conjurar criaturas e usá-las na guerra contra os orcs. Mas plebeus como Fletcher também podem ser conjuradores, e o garoto consegue uma vaga na Academia Vocans, uma escola de magos que prepara seus alunos para os campos de batalha. Lá, ele irá enfrentar o bullying dos nobres, mas também aprenderá feitiços e fará amigos incomuns. Além de se provar digno de uma boa patente na guerra, Fletcher e seu grupo de segregados precisam se unir e vencer o preconceito que sofrem na desigual sociedade de Hominum.



O mundo de O Aprendiz é um mundo dominado por humanos, mas não um domínio absoluto e sim um domínio ameaçado. Anões vivem em guetos em cidades humanas, são reprimidos e tratados com desprezo e desconfiança devido às diversas vezes em que se revoltaram contra a soberania humana. Elfos vivem em reino no norte distante. Um dia, em um passado muito distante, eles já foram aliados dos humanos mas agora eles vivem em uma espécie de guerra fria. Mas o grande problema está ao sul. Orcs selvagens novamente surgem do meio de suas florestas tentando expandir seu território rumo ao norte, destruindo tudo o que estiver a frente. E para impedi-los os humanos precisam de conjuradores.


A história acompanha Fletcher um garoto de 15 anos, que foi abandonado ainda bebê as portas de Pelego e adotado por Berdon, um ferreiro que vende espadas para o exército na frente norte. Fletcher além de aprender a profissão ferreiro também é um bom caçador e o mais importante: sabe ler e escrever. Devido a esta habilidade ele consegue fazer algo quase impossível, algo que apenas os nobres deveriam conseguir, algo que apenas uns poucos plebeus conseguiram antes dele. Ele consegue conjurar um demônio. Mas na mesma noite ele é obrigado a fugir de Pelego.
Fletcher consegue chegar à Corcillum onde consegue ingressar na Academia Vocans, a escola para conjuradores. Inicialmente o aprendizado em Vocans durava cinco anos, mas a guerra contra os Orcs não ia bem, então após um período de dois anos na Academia, às vezes apenas um ano, os alunos eram enviados para a zona de guerra.
Na Academia Fletcher vai encarar o desprezo e o rancor dos nobres e alguns professores, enfrentará a morte mais de uma vez, mas conseguirá improváveis e poderosos amigos que se ajudarão na jornada para se tornar um conjurador e ajudar seu povo na guerra contra os Orcs.





Confesso que não estava muito animado para ler este livro, não estava muito na vibe de literatura infantojuvenil. Mas este livro foi uma grata surpresa. A história é simples e não é tão infantil quanto eu imaginava. Os personagens são bem construídos, você odeia os que deve odiar e ama os que deve amar. Ao cenário medieval, comum a este tipo de história, é acrescentado uma revolução industrial. Isso para mim foi uma grande e agradável surpresa, isso pode não ser grande coisa, mas já é um ponto positivo pela originalidade e além de tudo gera a curiosidade no leitor. (pelo menos neste que vos escreve rs).
Quanto ao final da história eu tenho um sentimento dúbio, mas não há como negar que não é impactante.

Enfim, O Aprendiz de Taran Matharu vale muito a pena ser lido, a história é dinâmica, leve, empolgante, original e principalmente muito bem escrita.
Mas atenção, trata-se de uma história infantojuvenil e deve ser lido como tal, não se deve esperar nada muito complexo à la Tolkien ou Martin

domingo, 13 de março de 2016

Percy Jackson e os Olimpianos: O ladrão de raios

Vamos agora ao segundo post do nosso "clube do livro", com a resenha do livro Percy Jackson e o ladrão de raios, que foi escolhido pela Vanessa. Tentei evitar ao máximo os Spoilers, mas ainda assim deve conter alguns.


Páginas: 400
Ano: 2008
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca

SINOPSE

Primeiro volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O ladrão de raios esteve entre os primeiros lugares na lista das séries mais vendidas do The New York Times. O autor conjuga lendas da mitologia grega com aventuras no século XXI. Nelas, os deuses do Olimpo continuam vivos, ainda se apaixonam por mortais e geram filhos metade deuses, metade humanos, como os heróis da Grécia antiga. Marcados pelo destino, eles dificilmente passam da adolescência. Poucos conseguem descobrir sua identidade.

O garoto-problema Percy Jackson é um deles. Tem experiências estranhas em que deuses e monstros mitológicos parecem saltar das páginas dos livros direto para a sua vida. Pior que isso: algumas dessas criaturas estão bastante irritadas. Um artefato precioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy é o principal suspeito. Para restaurar a paz, ele e seus amigos – jovens heróis modernos – terão de fazer mais do que capturar o verdadeiro ladrão: precisam elucidar uma traição mais ameaçadora que fúria dos deuses.




O ladrão de raios é um livro de fantasia, embasada e adaptada da mitologia grega, escrita por Rick Riordan, sendo este o primeiro volume da história de Percy Jackson e seus amigos.

Depois de mais um ano difícil na escola, finalmente chegou o verão, e Percy Jackson vai para casa de sua mãe passar as férias. Mas poucos dias depois de chegar em casa, Percy e sua mãe tem de fugir as pressas, pois uma criatura é enviada para mata-lo, depois de alguma dificuldade Percy consegue chegar a um lugar chamado Acampamento Meio Sangue.
No acampamento ele descobre que todas as lendas eram verdadeiras, que todas as criaturas e deuses que ele estudou nas aulas de mitologia eram verdadeiros, e ele descobre também que um desses deuses é o seu pai. No acampamento ele recebe treinamento para sobreviver no mundo fora do acampamento, onde criaturas que odeiam os semideuses vão tentar mata-lo. Mas as coisas começam a ficar complicadas quando o raio mestre de Zeus é roubado, apenas um semideus poderia tê-lo roubado, Percy descobre que é o principal suspeito do roubo. Ele então é enviado em uma missão para recuperar o raio mestre e provar sua inocência, e para ajudá-lo a cumprir sua missão o acompanham Grover, um sátiro, e Annabeth, filha de Atena. Sua missão é chegar ao mundo inferior e confrontar Hades, o deus do reino inferior e dos mortos, a quem eles acreditam ser o verdadeiro ladrão do raio.
Em sua jornada Percy e seus amigos enfrentam muitos desafios, encontram criaturas "mitológicas" e até um deus, são feito cativos e escapam por pouco, se desentendem e fazem as pazes novamente, sempre na busca desesperada de chegar ao reino inferior antes que Zeus e pai de Percy iniciem uma guerra.

O ladrão de raios é uma obra infantojuvenil muito bem escrita por Rick Riordan, à história é dinâmica, simples e por muitas vezes engraçada, os personagens são bem desenvolvidos, mas como a maioria dos livros de aventura infantojuvenil, os personagens acabam tendo momentos de inteligência/sabedoria não condizente com a idade. A adaptação da mitologia grega para os dias atuais também foi muito bem feita, rendendo algumas partes muito engraçadas no livro.
O livro é altamente indicado a todos que gostam de uma aventura leve e também da mitologia grega, mas é recomendado principalmente para as crianças e jovens, (entre os 08 e 13 anos), pois além de ser uma ótima história, o livro nos mostra que devemos nos preocupar mais com o meio ambiente e que devemos nos preocupar com toda a forma de vida na terra.


O próximo livro foi escolhido pelo Mateus, é um livro que eu já li (duas vezes), mas o livro é tão bom que será um prazer lê-lo novamente, o livro é O Hobbit de J.R.R. Tolkien.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Nome do Vento e... Clube do Livro?

Depois de muito tempo estou por aqui de novo e dessa vez com novidades que vai manter o blog (assim espero) com um fluxo mais constante de posts \o/.
Primeiro: a Vanessa e eu não estamos mais sós nesse projeto do blog \o/, temos agora a presença do Mateus, que resolveu criar um blog e escrever as suas opiniões e experiências no mundo nerd e principalmente no mundo literário, o blog dele é o Porão da Leitura.


Segundo: estamos iniciando (na verdade já começou faz um tempo) um novo projeto para o blog, uma especie de Clube do Livro, em que eu, a Vanessa e o Mateus estaremos lendo um livro, escolhido de forma rotativa por cada um de nós três, e escrevendo uma resenha, em um prazo máximo de dois meses após o livro ter sido escolhido, é um prazo longo, que pode ser mudado futuramente, mas em um primeiro momento preferimos deixar esse prazo mais longo, para evitar atrasos e também para conseguirmos conciliar este projeto com todas as nossas outras leituras e compromissos.
Como este projeto começou a algum tempo atrás (e essa introdução ficou muito pequena) a minha primeira resenha sera feita neste post mesmo.

Foi feito um sorteio e ficou definido que eu seria o primeiro a escolher o livro, seguido pela Vanessa e pelo Mateus, o livro que eu escolhi foi O Nome do Vento do Patrick Rothfuss. Mas já deixo avisado que está resenha contem pequenos spoilers.





Páginas: 656
Ano: 2009
Autor: Patrick Rothfuss
Editora: Arqueiro

Sinopse:
Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano.
Quando seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.



O Nome do Vento é um livro de fantasia épica, que conta a história de Kvouthe, uma lenda de seu próprio tempo, um homem capaz de feitos extraordinários, mas que agora vive escondido sob o disfarce de um simples hospedeiro de uma pequena cidade. Ele consegue passar despercebido até o dia em que ele conhece um homem conhecido por ter escrito a história de pessoas importantes, um homem chamado de O Cronista. Kvouthe é convencido a contar a sua história, mas apenas nos seus termos, e um deles é que a história vai ser contada em três dias, e O Nome do Vento é o primeiro desses dias.

Nesse livro o mais importante é o modo de como as coisas acontecem do que aquilo que acontece, um exemplo disso é no começo do livro quando ele está prestes a começar a sua história para o Cronista, Kvouthe da "spoilers" sobre coisas que vão acontecer neste e nos próximos livros, mas estes "spoilers" só deixam com mais vontade ainda de devorar o livro.

"Já resgatei princesas de reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar.Vocês devem ter ouvido falar de mim."

Kvouthe nasceu um Edena Ruh, ou seja, era pertencente a uma trupe de artistas, que ia de cidade em cidade fazendo sua apresentação. Em uma dessas cidades ele conhece Abenthy, que foi seu primeiro mentor e professor, e foi quem despertou nele o desejo de ir para a universidade. Mas enquanto a história avança você percebe que uma tragedia se aproxima, e quando ela chega Kvouthe passa a viver sozinho na floresta por alguns meses, e depois ele vai para a cidade de Tarbean e passa a viver uma vida extremamente sofrida e perigosa como mendigo, onde cria vários inimigos e consegue ajuda improvável, de modo que consegue sobreviver.
Depois de muito tempo vivendo como mendigo em Tarbean, Kvouthe decide que quer algo mais da vida do que viver de migalhas, então ele parte para a Universidade, com o objetivo de se tornar um arcano, de descobrir o que é real por trás das lendas sobre o Chandriano, e principalmente ele quer saber como chamar o vento, e fazer com que ele o obedeça.
Kvouthe consegue ser aceito na universidade, onde ele cria amigos verdadeiros e inimigos poderosos, é onde ele aprende, não apenas matemática e geografia, mas aprende também a arte de manipular elementos e a fazer simpatia. E é aí também que o nome de Kvouthe começa a se tornar uma lenda.

O Nome do Vento é uma história excelentemente contada por Patrick Rothfuss, a história começa um pouco enrolada, mas aos poucos ela vai ganhando ritmo e ficando cada vez mais difícil de largar. A narrativa da história se alterna entre momentos em  terceira pessoa, que é no tempo presente, onde o Cronista e Kvouthe estão na hospedaria, e em primeira pessoa, que é dentro da história contada por Kvouthe.
Kvouthe como membro de trupe, também era um musico, e a música está muito presente em toda a história, não apenas como um pano de fundo, mas quase como uma especie de "personagem", e muito importante na história. As cenas musicais são descritas de forma brilhante, que você chega a sentir a música sem que seja escrita uma linha da letra da canção.
Outro ponto em que esse livro se destaca de muitos outros, são os diálogos, totalmente condizentes com os personagens e com as situações em que eles se encontram.

"― Achei que tinha escuitado quarqué coisa ali pelas banda d’água ― disse, com um sotaque tão carregado e escorregadio que quase dava para sentir seu gosto. Mamãe costumava referir-se a ele como o sotaque das profundezas do vale, uma vez que só era encontrado em vilarejos sem muito contato com o mundo externo. Nem mesmo em cidadezinhas rurais como Trebon as pessoas tinham muito sotaque, nessa época. Tendo vivido em Tarbean e Imre por tanto tempo, fazia anos que eu não ouvia um dialeto tão carregado. O sujeito devia ter crescido num lugar realmente remoto, provavelmente enfurnado nas montanhas."

O Nome do Vento é o primeiro volume de uma história extraordinária, com uma trama envolvente, no começo um pouco enrolada, principalmente por ser a introdução de todo o universo criado por Rothfuss, mas ainda assim consegue prender o leitor. Os diálogos são excelentes e os personagens são marcantes e muito bem construídos. Este livro é altamente recomendado a todos aqueles que gostam de música, de fantasia épica e principalmente de uma história bem contada.


O próximo livro que iremos resenhar, e que faz parte deste projeto, é Percy Jackson: O Ladrão de Raios do Rick Riordan e foi escolhido pela Vanessa do Insights Aleatórios.